Arte da Pré-história
Os povos antigos, antes de conhecerem a escrita, já
produziam obras de arte. Os homens das cavernas faziam bonitas figuras em suas
paredes, representando os animais e pessoas da época, com cenas de caças e
ritos religiosos. Faziam também esculturas em madeira, ossos e pedras; os
cientistas estudam esses objetos e pinturas, e conseguem saber como viviam
aqueles povos antigos. Consideramos como arte pré-histórica todas as manifestações
que se desenvolveram antes do surgimento das primeiras civilizações e, portanto,
antes da escrita. No entanto isso pressupõe uma grande variedade de produção,
por povos diferentes, em locais diferentes, mas com algumas características
comuns. A primeira característica é o pragmatismo, ou seja, a arte produzida
possuía uma utilidade material, cotidiana ou mágico-religiosa: ferramentas,
armas ou figuras que envolvem situações específicas, como a caça. Cabe lembrar
que as cenas de caça representadas em cavernas não descreviam uma situação
vivida pelo grupo, mas possuía um caráter mágico, preparando o grupo para essa
tarefa que lhes garantiria a sobrevivência. As
manifestações artísticas mais antigas foram encontradas na Europa, em especial
na Espanha, sul da França e sul da Itália e datam de aproximadamente de 25000
a.C., portanto no período paleolítico. Na França encontramos o maior número de
obras pré-históricas e até hoje em bom estado de conservação, como as cavernas
de Altamira, Lascaux e Castilho.
Arquitetura: Os grupos pré-históricos eram nômades e se deslocavam de
acordo com a necessidade de obter alimentos. Durante o período neolítico essa
situação sofreu mudanças, desenvolveram-se as primeiras formas de agricultura
e, consequentemente, o grupo humano passou a se fixar por mais tempo em uma
mesma região, mas ainda utilizavam-se de abrigos naturais ou fabricados com
fibras vegetais ao mesmo tempo em que passaram a construir monumentos de pedras
colossais, que serviam de câmaras mortuárias ou de templos. Raras as
construções que serviam de habitação. Essas pedras pesavam mais de três
toneladas, fato que requeria o trabalho de muitos homens e o conhecimento da
alavanca. Esses monumentos de pedras foram denominados "megalíticos"
e podem ser classificados de: dólmens, galerias cobertas que
possibilitavam o acesso a uma tumba; menires, que são grandes
pedras cravadas no chão de forma vertical; e os cromlech, que são
menires e dólmens organizados em círculo, sendo o mais famoso o de Stonehenge,
na Inglaterra. Também encontramos importantes monumentos megalíticos na Ilha de
Malta e Carnac na França, todos eles com funções ritualísticas.
Escultura: A escultura foi
responsável pela elaboração tanto de objetos religiosos quanto de utensílios
domésticos, onde encontramos a temática predominante em toda a arte do período,
animais e figuras humanas, principalmente figuras femininas, conhecidas como
Vênus, caracterizadas pelos grandes seios e ancas largas, são associadas ao
culto da fertilidade; Entre as mais famosas estão a Vênus de Lespugne,
encontrada na França, e a Vênus de Willendorf, encontrada na Áustria foram
criadas principalmente em pedras calcárias, utilizando-se ferramentas de pedra
pontiaguda. Durante o período neolítico europeu (5000aC - 3000dC) os grupos
humanos já dominavam o fogo e passou a produção de peças de cerâmica, normalmente
vasos, decorados com motivos geométricos em sua superfície; somente na idade do
bronze a produção da cerâmica alcançou grande desenvolvimento, devido a
utilização na armazenagem de água e alimentos. O homem do período Paleolítico
criou pequenas esculturas (algumas tinham apenas 11 cm). Na confecção destas
que serviam como “pequenos amuletos”, eles utilizavam ossos, chifres de animais
e principalmente “pedras”. Estas estatuetas com predominância feminina, serviam
como amuletos de sorte da fertilidade. Suas formas arredondadas, lembravam o
nascimento e a amamentação. Observe alguns de seus aspectos: a cabeça sem
diferenciação aparente em relação ao pescoço, os seios volumosos, o
ventre saliente e as grandes nádegas. E lembre-se, como as mulheres eram
“deusas”, nada melhor que ter uma “deusa” entre os seus pertences.
Pintura: As principais
manifestações da pintura pré-histórica são encontradas no interior de cavernas,
em paredes de pedra e a princípio retratavam cenas envolvendo principalmente
animais, homens e mulheres e caçadas, existindo ainda a pintura de símbolos,
com significado ainda desconhecido. Essa fase inicial é marcada pela utilização
predominantemente do preto e do vermelho e é considerada, portanto, como
naturalista. No período neolítico a pintura é utilizada como elemento
decorativo e retratando as cenas do cotidiano. A qualidade das obras é
superior, mostrando um maior grau de abstração e a utilização de outros
instrumentos que não as mãos, como espátulas. Por volta de 2000 a.C. as características
da pintura a apresentavam um nível próximo à de formas escritas, preservando
porém seu caráter mágico ou religiosos, celebrando a fecundidade ou os objetos
de adoração (totens). Além da arte dos povos pré-históricos, também é
considerada arte primitiva aquela produzida pelos índios e outros povos que
viviam na América antes da vinda de Colombo. Os maias, os astecas e os incas
representavam a arte pré-colombiana. São pinturas, esculturas e templos
maravilhosos, feitos de pedras ou materiais preciosos, que nos contam a
história desses povos.
ATUALMENTE:
Na atualidade e também há arte primitiva: os negros africanos, que produzem
máscaras para rituais, esculturas e pinturas; os nativos da Oceania (Polinésia,
Melanésia, etc.) também tem arte primitiva com estilo próprio; assim também os
índios americanos produzem objetos de arte primitiva muito apreciados entre os
povos atuais.
Arte Egípcia
As artes no Egito Antigo estavam muito relacionadas com a
vida religiosa. A maioria das estátuas, pinturas, monumentos e obras
arquitetônicas estavam ligados, direta ou indiretamente, aos temas religiosos.
A arte egípcia é marcada pela escrita avançada e pela
religião. Ela foi capaz de determinar o modo de vida, as relações sociais e
hierarquias, direcionando todas as formas de representação artística daquele
povo.
Eles eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses
e esses poderiam mudar o curso de vida de cada um. Acreditavam, também, na vida
após a morte. Baseados nisso, vemos túmulos, estátuas e vasos que eram deixados
com os mortos. Toda a arquitetura egípcia, como exemplo, as pirâmides, eram
edificadas sob construções mortuárias, as chamadas tumbas. Elas eram idênticas
às casas onde os faraós habitavam em vida. As pessoas de classe social mais
importante eram sepultadas nas mastabas, que deram origem às grandes pirâmides.
A classe social era dividida entre sacerdotes e faraós,
fazendo parte da classe alta, e de comerciantes, artesãos e camponeses, e mais
abaixo ainda da camada estavam os escravos. Esse império se iniciou com Djoser
o Antigo Império (3200-2200 a.C.). Sua contribuição foi transformar o Baixo
Egito no centro do reino. O império é dividido em:
· Antigo Império -
3200 a 2300 a. C.
· Médio Império -
2000 a 1580 a. C. - as convenções e o conservadorismo mostravam esculturas e
retratos que representavam a aparência ideal e não a real das pessoas.
· Novo Império -
1580 a 525 a. C.
Destaques que marcaram a imponência e poder do faraó:
· A pirâmide de Djoser, na região de Sacará, construída
pelo arquiteto Imotep;
· Pirâmides do deserto de Gizé: Quéops, Quéfren e
Miquerinos, sendo a maior a primeira.
· Esfinge do Egito Antigo: uma representação do
faraó Quéfren, a mais conhecida.
Arquitetura Egípcia : Os egípcios desenvolveram vários conhecimentos matemáticos.
Com isso, conseguiram erguer obras que sobrevivem até os dias de hoje. Templos,
palácios e pirâmides foram construídos em homenagem aos deuses e aos faraós.
Eram grandiosos e imponentes, pois deviam mostrar todo poder do faraó. Eram
construídos com blocos de pedra, utilizando-se mão-de-obra escrava para o
trabalho pesado.
Pintura Egípcia: Grande parte das pinturas eram feitas nas paredes das
pirâmides. Estas obras retratavam a vida dos faraós, as ações dos deuses, a
vida após a morte entre outros temas da vida religiosa. Estes desenhos eram
feitos de maneira que as figuras eram mostradas de perfil. Os egípcios não
trabalhavam com a técnica da perspectiva (imagens tridimensionais). Os desenhos
eram acompanhados de textos, feitos em escrita hieroglífica (as palavras e
expressões eram representadas por desenhos). As tintas eram obtidas na
natureza (pó de minérios, substâncias orgânicas, etc). A arte, no período era
padronizada, pois seguia critérios religiosos; assim, não se fazia uso da
criatividade ou da imaginação. As pinturas eram anônimas e não registravam o
estilo do artista, mas o faraó. A primeira regra a ser seguida era a lei
da frontalidade.


Era obrigatória e consistia na representação de
pessoas com o tronco de frente, os pés, a cabeça e as pernas ficavam de perfil.
Portanto, não era uma arte naturalista. Na escultura, apesar das convenções, as
estátuas eram representadas de acordo com os traços particulares da pessoa,
principalmente a posição que ocupava na sociedade, o seu trabalho e traços
raciais.
Depois, no Médio Império, o Egito apresentava suas
esculturas e retratos com uma aparência ideal e não real, como, por exemplo, os
reis. Já no Novo Império, o ápice do crescimento egípcio, é marcado pela
reconstrução de templos inacabados. Um novo tipo de coluna, nos templos mais
conservados, Carnac e Luxor em homenagem ao deus Amon, se destacavam, pois eram
trabalhados com papiro e a flor de lótus. Um dos monumentos que se destacaram
foi o Túmulo da rainha Hatshepsut.
Nas tumbas de diversos faraós foram encontradas
diversas esculturas do ouro. Os artistas egípcios conheciam muito bem as
técnicas de trabalho artístico em ouro. Faziam estatuetas representando deuses
e deusas da religião politeísta egípcia. O ouro também era utilizado para fazer
máscaras mortuárias que serviam de proteção para o rosto da múmia.
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